Dentes

Tudo sobre dentes, sensibilidades, cáries, tratamentos em geral, ortodontia, endodontia e clareamentos.

Composição do esmalte e maturação pós-eruptiva

- 92-94% hidroxiapatita
- 2%carbonato
- 2-3% água
- 1% outros elementos: sódio, magnésio, potássio, cloro, zinco
- > 1% lipídeos
- 0,01-0,05% flúor

A maturação pós eruptiva se dá pelo aumento da concentração de determinados componentes no esmalte que são provenientes da saliva.

Nessa fase o esmalte passa por uma maturação via substituição de mais ácidos solúveis. Carbonato é mais solúvel por hidroxiapatita com mais flúor que se incorpora com o auxilio de componetes salivares como o cálcio o e o fosfato. O flúor é incorporado aos cristais de hidroxiapatita , que desenvolverá novos cristais.

Com a maturação pós eruptiva, a porosidade e a permeabilidade do esmalte é reduzida substancialmente. Proteínas salivares se grudam aos cristais de hidroxiapatita

Os casos mais comuns de tratamento de canal, são feitos quando temos o aparecimento de uma cárie profunda, que não foi tratada a tempo de reduzir os danos a polpa dentária, casos de traumas provocados por pancadas em acidentes, quedas, objetos arremessados, esportes com choque corporal, com fraturas ou não presentes, casos de restaurações (obturações) muito profundas ou tecnicamente mau realizadas com materiais obturadores ou restauradores não adequados.

Nos dias de hoje o tratamento de canal sem dúvida salva muitos dentes da extração simples muito comum em outras épocas e após tratados os dentes permanecem por toda a vida da pessoa sem apresentar qualquer problema.

Atualmente existem especialistas (endodontistas) que utilizam técnicas que tratam o canal dos dentes em uma única sessão, isto é, em uma única visita, indicado principalmente para as pessoas que não dispõem de tempo para comparecer ao consultório por mais vezes para se submeterem a um tratamento de canal, que pode levar algumas visitas para completar o seu efetivo tratamento.

Normalmente em uma primeira sessão, fechado o diagnóstico da necessidade de se tratar o canal do dente, o que muitas vezes faz-se necessário uma radiografia do dente, para apontar com toda certeza o dente em questão, nessa primeira sessão procede-se a abertura do dente o acesso a câmara coronária e remoção do tecido pulpar, para então acessarmos os canais radiculares presentes em cada raiz do dente, dependendo do dente a ser tratado, temos dentes de uma a até três raízes, podendo esse numero de raízes ser maior, conforme as características anatômicas de cada paciente.

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Acessando os condutos radiculares, procedemos a abertura do seu diâmetro com a retirada dos tecidos intra-radiculares, nesse ato as raízes são esvaziadas, limadas e alargadas para que possamos efetuar o seu preenchimento com a medicação mais adequada a cada caso.

Na etapa final do tratamento (última sessão) os canais radiculares são preenchidos com cones revestidos com uma pasta medicamentosa, que preencham totalmente os condutos, combatendo as infecções e inflamações.

Para se determinar o sucesso do tratamento de canal, convém agendar futuras radiografias em tempos pré-determinados para verificar se o osso alveolar, suporte dos dentes, esta se regenerando e livre de novas infecções.

A restauração definitiva após a conclusão dos trabalhos de tratamento do canal, deve ser muito bem avaliada, por tratar-se de um dente que submeteu-se a extração da sua polpa coronária e radicular, o dente é menos hidratado, somado normalmente ao alto grau de destruição provocado pela cárie ou trauma sofrido que motivou o tratamento de canal, podemos apontar como um dente mais susceptível a futuras fraturas, sempre considerando o seu grau de destruição inicial, portanto após essas considerações iniciais, realizamos um planejamento para melhor indicarmos qual a restauração ou prótese mais indicada que proteja efetivamente o elemento dental.

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Antigamente os pesquisadores apontavam que o uso de flúor beneficiava apenas as crianças com os dentes em formação, porém esta afirmação caiu por terra, recentemente pesquisas e estudos apontam que todos nos beneficiamos com o uso de flúor, tanto os adultos como as crianças e adolescentes, a utilização e emprego do flúor na água de abastecimento público em todo o Brasil, via sistêmica (entra pela corrente circulatória), bem como a aplicação de flúor tópicos, presente nas pastas dentais, enxaguatórios bucais, ou aplicados diretamente no consultório em maior concentração pelo dentista, contribui sobremaneira para a diminuição das cáries dentarias em jovens e adultos além de contribuir para reduzir os casos de sensibilidade dentinária, queixa comum em adultos ou pessoas com maior faixa etária.

Muitas pessoas não utilizam a água de abastecimento público, em filtros caseiros, para beber diariamente, beneficiando-se de outros recursos hídricos, ou fontes naturais de água ou comprada comercialmente, convém nesses casos buscar informações complementares dos órgãos fornecedores se as mesmas de fontes ou comerciais possuem na sua composição a adição do elemento flúor.

A adição do flúor nas pastas dentais, obrigatório nos dias de hoje, sem dúvida trouxeram uma contribuição importante para a redução no numero de cáries, comprovadamente em cerca de 65%, porém não podemos nos esquecer que existem outros fatores que necessitam de uma ajuda profissional (dentista), para ser solucionado, apontamos aqui os casos dos aparelhos ortodônticos, que acumulam alimentos no seu interior, nesses casos a orientação para uma higiene mais eficaz auxiliado pelo dentista torna-se importante, o uso das bandas ortodônticas por longo tempo prejudicam o esmalte dental, provocando erosões na sua superfície, a complementação de flúor também está apontado para esses casos, não podemos destacar que o uso indiscriminado do flúor também são responsáveis pelas chamadas fluoroses, manchas no esmalte, que prejudicam a estética quando não apontamos outras causas sistêmicas, que as autoridades públicas devem exercer controle sanitário e ações de vigilância que permitam seu máximo benefício sem os efeitos indesejáveis.

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A fluorose dentária origina-se da exposição dos germes dentários, durante a sua fase de formação na criança, a altas concentrações de íons flúor, promovendo defeitos na sua mineralização, com o aparecimento de manchas opacas, amareladas e acastanhadas na superfície do esmalte.

Nesse sentido a doença é mais freqüente nos dentes em processo de mineralização, ou seja na primeira e segunda infância, crianças com baixo peso, com problemas renais, crianças consideradas de maior risco a ingestão descontrolada de flúor sistêmico distribuído na água de abastecimento público sem qualquer controle sanitário.

Sem dúvida alguma não podemos deixar de apontar que a partir da utilização do flúor de forma consciente, equilibrada e responsável, na água distribuída a população, o seu uso nos cremes dentais e aplicação nos consultórios dentários, foi fundamental para melhorar as condições de saúde bucal da população e reduzir consideravelmente o aparecimento da cárie dentaria e perda dos dentes.

A sensação dolorosa nos nossos dentes, ao tomarmos líquidos frios ou quentes, alimentos açucarados, escovação com água fria, bochechos diversos, respiração, jatos de ar, são sem dúvida nos dias de hoje um problema bastante comum relatado nos consultórios dentários e observa-se essa rotina de queixa em um em cada quatro pessoas adultas, muitas vezes as queixas não são permanentes, variando os sintomas, conforme o histórico de cada paciente em particular.

Nos exames clínicos de rotina com seu dentista, retornos periódicos (6 meses), investigamos as causas das sensibilidades dentárias, quase sempre associadas a exposição de raízes dos dentes, essa exposição localizada nos dentes próximos da gengiva (região cervical) ou colo dos dentes, observa-se que nesta região de cor mais amarelada, os pacientes apresentam uma exposição da raiz dos dentes, como as raízes não têm recobrimento de esmalte dental, ficam expostas no meio bucal, aos líquido frios e quentes, escovação, enfim aos estímulos desagradáveis e dolorosos.

Nas regiões onde observamos as exposições radiculares (raiz) dos dentes e sem proteção do esmalte, o fenômeno da dor se manifesta pelo fato das raízes apresentarem canalículos dentinários com terminações nervosas no seu interior, que sem a proteção do esmalte dental ficam expostos a toda sorte de estímulos bucais.

Principais causas da sensibilidade dentinária:

As causas mais freqüentes estão ligadas a escovação deficiente e sem orientação adequada, escovas com cerdas duras, movimentos da escova não adequados, próteses mau adaptadas, restaurações mau adaptadas, próteses com grampos, aparelhos ortodônticos com bandas mau ajustadas, gengivites (inflamações gengivais), presença de tártaros e placa bacteriana, má oclusão dental, mordidas cruzadas, espaçamentos entre os dentes, perdas dentais, maus hábitos de higiene, uso de palitos para higiene bucal, refrigerantes, doces, etc…

Como tratar a sensibilidade dentinária?

Devido as diversas causas acima apontadas, os tratamentos também vão se adequar a cada caso em particular, porém como regra geral, podemos dizer ou apontar que eliminada as causas, o tratamento da lesão ou exposição da raiz dos dentes seguem quase sempre uma mesma rotina de tratamento, sem dúvida que em alguns casos é necessário intervir diretamente na lesão, promovendo o seu tamponamento ou fechamento com materiais restauradores adequados ao tipo de problema, nem sempre o uso de pastas medicamentosas ou com dessenssibilizantes são a solução para o problema, normalmente faz-se uma associação ou emprego de técnicas combinadas de tratamento, com o uso de flúor local, dessenssibilizantes fechamento da lesão ou restauração, orientação da escovação, emprego de escova mais adequada, a combinação dessas medidas de tratamento e profilaxia (higiene), normalmente na maioria dos eventos trazem solução a curtíssimo prazo.